quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

Eu Não Quero Te Ver Blue, Baby

Eu não quero te ver blue, baby
e absorver toda essa cor
dissabor que sente
Deixa essa água de sal
que cai do olho
regar os ombros meus
Serei todo seu
esta noite

Você não pode pensar blue, sempre
e sorrir de outra cor
fingindo não sentir dor
nem amor
baby tua cor não mente
Cada água de sal
que cai desse olhar
desejaria secar
antes de molhar seu rosto blue

Porque eu não quero mais te ter blue
não posso te ver blue
não vou te fazer blue, baby

Perto vou estar
faça dos meus braços
seguro abrigo
Para proteção
de todo vento frio e blue
Para pequenos bons momentos
pedaços de paz
Prazeres simples
são mais especiais

Então deixe o meu corpo tocar
tua alma bailar
nesse derradeiro blues

Eu te salvarei esta noite
Eu não deixarei
que você caia no profundo e escuro blue

Porque eu não quero mais te ter blue
não posso te ver blue
não vou te fazer blue, baby

Baby blue
Little baby blue
Pretty little baby blue

The blue stigma in your soul
The same color that your tears glow
I don't wanna see you so blue
And let you fall into the deep blue

quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Vintage

Ela tem um sorriso
aberto e indeciso
que dá vontade de sorrir de volta
Ele entende e faz tudo errado
meio sossegado
parece que não se importa

Ela é super transparente
fala o que dói
e o que não sente
Ele sofre calado
mas aguenta um bucado
e só pergunta se ela tá de absorvente

Ele sabe impressionar
sabe o que a faz sorrir
e o que faz sangrar
Ela ganhou um arranjo de dores
de chocolates, poemas e flores
pro apertamento em seu peito enfeitar

Ela fascina vestindo um amarelo
com estilo vintage moderno
mas sabe que sua alma
veste do inverno azul

Ela oscila do medo à saudade
em conta gotas faz tempestade
um pingo de drama de cada vez
Ela usa mais estupidez
do que ele camisa xadrez

terça-feira, 20 de agosto de 2013

Ar

Não toque em mim
é perigoso
Não olhe assim
todos já sabem

Não toque, não toque
é anti-ético
não está certo
não está errado

Apenas não toque 
não quebre as regras
não conte com a sorte
não fique em casas, 
ruas, bares, shoppings e festas

Preste atenção
você não pode
Mantenha distância
Não toque 
Você não pode respirar
do mesmo oxigênio
Mas me falta o teu ar

Me falta o teu ar
Me sobra tua ausência
Me falta tua essência
Me falta você

quarta-feira, 14 de agosto de 2013

Fugitivos

Olhe pras estrelas
e confesse seus sonhos
Veja como elas deitam no céu
Aquela lua é um pedaço de queijo
de um beijo
que tanto desejo
roubar-te a noite

Todas as canções
feitas de ninar
Códigos, codinomes
via celular
Barba raspada em ombros
Unhas cravadas em ossos
Retornos para despedidas
Fugas para reencontros

Olho pras estrelas
e desenho teu rosto
Veja como elas brilham por você
A tua nuca é um pedaço de bolo
De côco, eu mordo
Em teu tronco
Meu corpo quero pesar
a noite



segunda-feira, 10 de junho de 2013

Arquiteta de Sonhos

Ela abala a tristeza
e constrói um sorriso
a cada manhã
Num jardim novo
projeta segredos
e edifica desejos
em cores tão doces
de todos os sabores

Chega a chuva
seu peito de angústia
inunda o quarteirão
E todos os sonhos
desabam em dores
feito torres
de castelos de areia

E todos os dias serão
para sempre ausentes
saudade crescente
feito arranha-céus
faz nascente, crescente
Em dias ausentes
saudade toca o céu

Chega a chuva
seu peito de angústia
encharca o coração
E sonhos em torres
num vento mais triste
de um ultimo bálsamo
vem ao chão

E todos os sonhos serão
para sempre presentes
de anjos perdidos
lá do céu
de estrelas ausentes
sonhos perdidos
de anjos do céu

Arquiteta de sonhos
Constrói sorrisos
Arquiteta de sonhos
projeta segredos
Arquita de sonhos
Edifica desejos
em cores, doces de todos sabores

terça-feira, 12 de março de 2013

Frangos

Eu esperava
que você saisse dessa
e que um vento bom
te soprasse para mim
Mas me esqueci
que frangos não voam
Frangos não voam

Você ficou parada naquele lugar
Sofria de sentimento bipolar
Confusa, confusa
Resolvi fazer resgate
e com o coração pagar
Frangos se libertam

Todo dia
cada hora
tua doçura cada vez exposta
de ternura e compaixão
não pensava em si
mas nos outros que ali estavam
Frangos também choram

É tão vivo
mais forte
Simples
nem tanto
Quando triste se permite
Ser o que não é
não ter o que bem se quer

Eu não sei de onde vem
sua insegurança
De onde vem
tanta ignorância
essa desconfiança
sua intolerância
de onde vem

Colorido como lego
ela constrói prédios
mas o coração é feito concreto
Um segredo de cada cor
um desejo de cada flor
Dores pra enfeitar seu apartamento
esse apertamento 
de ressentimento
pra sufocar 
esmagar seu peito

Frangos sinceros